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A mostrar mensagens de julho, 2012

a vida louca

Ela vivia num sítio em Lisboa a cair aos bocados, junto ao rio Onde se passeavam barquitos à toa e marinheiros estrangeiros. Fora top-model em Nova Iorque e vivia num loft com um sujeito Que tinha herdado uma fortuna mas que raramente tomava banho. Era alto o rapaz, aristocrata de sangue puro, de cabelo loiro escuro, O dela cheio de caracóis, cor de café torrado, dos avós de África herdado. Foram glamorosos, ele e ela, juntos eram uma sensação Nas festas loucas de Londres, L.A. e Amsterdão. Bebiam champanhe francês na companhia de artistas, Apareciam sempre a sorrir nas fotos das revistas Enquanto dançavam os rapazes selvagens de Duran Duran. Eram vistos nas passerelles de Milão, cartazes publicitários e painéis: Um metro e oitenta e cinco, oitenta sessenta oitenta e seis. Faziam um vídeoclip da vida como estrelas de rock and roll. Mas virou a década, uma overdose bastou e ele morreu E ela sem dinheiro e ninguém, da tristeza adoeceu. Apanhou um avião